"Meu Grande Sonho"

Porfírio Ribeiro nasceu na Quinta da Amoreira, cidade do Barreiro. Desde muito cedo, descobriu a sua voz e virou-se definitivamente para a Canção Nacional. As suas melodias encerram em si a memória da canção e algumas vezes de "Fado Canção", mas também sabem ir mais longe, não se limitando ao velho desfiar dos lugares comuns sobre a palavra "saudade". A sua música é, por vezes, triste e fatalista, mas também sabe ser alegre e luminoso, residindo nesse balanço de atmosferas a sofisticação da sua abordagem de mistura canção e fado.

Se nada na vida de Porfírio Ribeiro indicava que o seu destino seria o cantar, temos hoje de admitir que este cantor está a criar um estilo de cantar com "playback" e acompanhado de guitarrista quando interpreta o fado, uma voz simultaneamente leve, e sentida; uma mistura de fados tradicionais, temas próprios e canções populares sempre com o cuidado de escolher as melhores letras para suas canções pela qual foi feliz no seu leque de canções apresentadas nesse seu último trabalho discográfica.

A vida é feita de coincidências e foi de forma algo inesperada que a música surgiu na vida de Porfírio Ribeiro. Desde muito novo foi amante da Canção Nacional, o Fado, que adorava cantar entre amigos e familiares. Para ele o fado não é apenas uma canção acompanhada à guitarra. É a própria alma do povo português.

"Meu Grande Sonho" demonstra que ele encara a canção como uma verdadeira arte que tenta expressar de forma intensa e plena. Tímido, mas sem nunca esconder a sua emotividade, o cantor não gosta de usar, no seu vocabulário, a palavra "fama". Aprecia as coisas simples da vida e não abdica de um contacto permanente com a Natureza. Olhando para o futuro, exprime o desejo de lançar mais sonhos como este. Este recente trabalho marca uma viragem na sua carreira. As fontes de inspiração diz-nos Porfírio, é que estamos neste mundo para aprender a comunicar uns com os outros e, sobretudo para amar, em todas os sentidos. Todos precisamos de criatividade, seja ela que forma for, não é preciso ser artista. Trabalho, família e espectáculos, adiantou que é uma questão de saber aproveitar o tempo. Pensa que há um mecanismo que desperta nele, uma espécie de energia, e acha que todos nós temos essa capacidade de reciclagem. Procura coordenar todo o tempo para fazer tudo no tempo certo. Porfírio Ribeiro não fica por aqui. Tem outros sonhos musicais para realizar.

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