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Na Casa do Povo de Porto Judeu os emigrantes foram recebidos de braços abertos

A Casa do Povo de Porto Judeu quis também associar-se nestas festas de boas vindas ao grupos vindos da diáspora tendo dado as boas vindas aos elementos de uma Dança de Espada, “O Caminho da Felicidade”, a do Vitória de Setúbal de Toronto, Canadá, com um porto de honra no qual compareceu o seu Presidente, João Tavares (clicar aqui para ver entrevista). Igualmente não temos palavras que possamos descrever a simpatia e a amabilidade do povo daquela Freguesia. É algo que nos toca profundamente nos nossos corações e que dificilmente se olvidará.

Gostaríamos de focar um facto que nos perturbou deveras que foi quando visitamos cremos ser, se a memória não nos engana, a Sociedade Recreio Lajense, nas Lajes, deparamos com cartazes que proibiam a entrada de mulheres ou homens. Os lugares estavam reservados só para mulheres ou para os homens. Quando tentamos verificar a autenticidade daqueles avisos junto de algumas das pessoas que enchiam aquele local foi-nos então informado que era coisa que vinha sendo imposta ou que se fazia há muitos anos (cremos, se não estamos errados, há mais de 70 anos, e assim continuava). Pensávamos que toda esta “descriminação”, a dos sexos, em que a mulher ou homem têm os mesmos direitos e opções, tinha sido abolida após a Revolução do 25 de Abril de 1974 com os sequentes Governos democráticos então eleitos mas vemos que, infelizmente, nos nossos dias, ainda existem situações embaraçosas deste quilate como o acima exposto.

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Outro reparo que gostaríamos de apontar e que nos deixou gratamente surpreendidos, durante estes dias de Carnaval, foi assistirmos ao trabalho nos palcos das freguesias, de alguns actores e actrizes, obviamente, todos eles amadores, certamente, cujas interpretações dos respectivos papeis foram extraordinários, melhores, na nossa modesta opinião, do que muitos profissionais que habitualmente vemos representar em teatros afamados ou nas telenovelas de grande audiência.

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Paralelamente às festividades do Carnaval da Ilha Terceira a Presidência do Governo Regional dos Açores através do seu Gabinete do Intercâmbio Cultural Comunitário organizou um workshop de fotografia subordinado ao tema “Gentes e Gestos no Carnaval Terceirense” que contou com a presença de oito fotógrafos ligados às artes gráficas ou a publicações, radicados na diáspora (Brasil, Estados Unidos da América do Norte e Canadá), nos dias 25 de Fevereiro a 4 de Março de 2006, com um programa bastante extenso, tendo estes elementos sido transportados durante os dias de Carnaval pelas diferentes freguesias da Ilha Terceira na recolha de imagens daquelas danças e cujos trabalhos foram, finalmente, expostos publicamente, no dia 3 de Março de 2006, no edifício por todos conhecidos pelo Palácio dos Capitães-Generais, em Angra do Heroísmo. Uma iniciativa a louvar da Direcção Regional das Comunidades e da sua Directora, Dra. Alzira Serpa Silva, com o fim de promover e registar as festas carnavalescas através das objectivas das máquinas desses fotógrafos/artistas das comunidades da diáspora. Gostaríamos de ver este tipo de projectos a ter continuidade porquanto é bastante positivo dado que os artistas têm uma maneira muito sui generis de ver o Mundo e o meio ambiente que os rodeia, apresentando, desta maneira, imagens que escapam à maioria do cidadão, revelando muitas das vezes, senão quase sempre, pormenores camuflados ou diluídos que escapam ao mais perspicaz olhar. A isto chama-se Arte.

A finalizar esta nossa reportagem ficamos deveras agradecidos pelo carinho com que fomos recebidos pelo povo da Ilha Terceira, suas freguesias, Sociedades Recreativas e Casa do Povo pois que, sem eles, seria praticamente impossível colherem-se os elementos necessários para compor e mostrar as imagens das Festas do Entrudo ou Carnaval da Ilha Terceira, que aqui deixamos registados. Um muitíssimo obrigado e, quem sabe, até para o ano, se Deus quiser.

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