|
Por Carlos Morgadinho
No Sábado, dia 5 de Outubro passado, na Casa do Alentejo de Toronto, um grupo de membros da Direcção daquela Casa, dos seus Grupos Corais conjuntamente com muitos sócios e amigos, homenageou um dedicado elemento daquela prestigiosa colectividade, a "Comadre" Bia Raposo, que há mais de vinte anos vem, com muita energia e paixão, exercendo a sua actividade nas sucessivas direcções e na liderança do Grupo Coral Feminino. Tornou-se assim um elemento imprescindível naquela Casa com o seu trabalho voluntário, dedicação, experiência e apoio ao longo dos anos, um elo muito importante na gestão daquele centro cultural.
Assim naquela noite foi o momento para todos os presentes mostrarem o carinho e gratidão que nutrem por tão carismática pessoa - desculpem a nossa expressão. Com um jantar-entretenimento cuja atendência, pensamos, ultrapassou as quatrocentas pessoas. Bia Raposo foi o centro das honrarias que há muito era credora. Aquele espectáculo foi dividido em duas partes e teve como Mestre-de-cerimónias a conhecida apresentadora do programa televisivo da CFMT em língua portuguesa, Clara Abreu. Muitos foram os artistas que ali quiseram estar presentes integrados naquela singela mas importante homenagem a um elemento da nossa comunidade que há muitos anos vem dedicando as suas horas de lazer num esforço colectivo de perseverar e divulgar os nossos valores culturais. Além da actuação dos elementos dos Grupos Corais Masculino e Feminino daquela colectividade, aquele evento contou com a comparticipação da jovem talentosa bailarina clássica, Cláudia Ramos, das jovens irmãs, Priscilla e Eunice, da "pequenina" Verónica Bolota com a sua dança do ventre, dos fadista e cançonetistas Mário Domingues, Ilídio Vilela, Noélia Gaspar, Porfírio Ribeiro, Isabel Santos, Carmem Moscatel, Victor Manuel, Lina Esteves, Humberto Silva, Luciana Machado, Otília de Jesus e dos mestres António Melo (viola), Nuno Cristo e Manuel Moscatel (guitarras). A terminar, e fora do programa, foi agradável surpresa com o aparecimento naquele salão da Tuna Académica do ISEP (Instituto Superior de Engenharia do Porto) composto por mais de vinte elementos com uma mão cheia de alegria, paródia e acrobacias que deliciaram com as suas vozes e harmonia quantos presentes naquele sarau. À Bia Raposos foi, por um elemento da Tuna, posta a capa negra daquele grupo universitário que até lhe ficava muitíssimo bem. Assim, a Tuna e a Bia Raposo juntos cantaram e encantaram a assistência. A festa acabou já a noite ia avançada sem que, no entanto, os presentes quisessem arredar pé, tal era a animação naquele recinto. A homenageada, a Bia Raposo, foi inúmeras vezes chamada ao palco para receber as felicitações e prendas, e vimos a emoção bem vincada no rosto com lágrimas furtivas de alegria que não conseguiram apagar o sorriso que aquela nossa compatriota nos mostra permanentemente.
Parabéns e obrigado pela contribuição que a Bia Raposo tem dado à cultura portuguesa e à região do Alentejo aqui nestas terras e aqui só lamentamos não temos uma largas dezenas de cidadãos com alma, vontade e energia como a nossa "comadre" para que a comunidade portuguesa se agigante na sociedade onde está inserida. Continue, Comadre!
|
