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Cabe-me a mim, com uma certa gravidade ler-vos algumas palavras em nome do Senhor Embaixador de Portugal. Obviamente que tenho de o fazer com alguma formalidade. Mas antes de passar a ler a mensagem gostaria de expressar ao Sr. José Ferreira e a toda a sua equipa da Adiaspora, a todos os conferencistas que participaram neste encontro, à assistência, um grande abraço pessoal, de reconhecimento, e que efectivamente, mais uma vez, constatei, com alguma emoção, alguma coisa que como alentejano me aproxima dos açorianos, que, embora nós sejamos talvez as duas regiões de Portugal consideradas as mais fechadas, temos uma generosidade inata e sabemos receber as pessoas que vêm de fora, quando sentimos que elas são leais para connosco. Foi isso que sempre senti desde o primeiro dia que cheguei ao Canadá para com os meus compatriotas açorianos, que senti ontem aqui e que sinto sempre que estou convosco. Tenho que fazer outra confissão - que fiz tudo o possível para estar ontem aqui presente e não pude chegar mais cedo para assistir às outras conferências devido ao meu trabalho. Mas porque tenho uma grande admiração, sem qualquer ofensa a nenhum dos outros conferencistas, porque sigo e leio os trabalhos do Professor Onésimo que considero uma pessoa distintíssima no pensamento português actual, queria lhe render a minha homenagem. Penso que todos os portugueses e todos os açorianos se devem sentir orgulhosos de termos uma pessoa como o Professor Onésimo. Também ontem, para ser honesto, descobri uma poetisa ao vivo. Perdoe-me a minha ignorância. Tinha lido algumas coisas suas mas não me tinha apercebido da profundidade da sua clareza, da sua maneira de dizer as coisas, e ontem compreendi o porquê de dizer que um dos seus poetas preferidos era Fernando Pessoa. Foi, também como ele, a sua linguagem cortante, simples, sucinta e profunda. Também fiquei impressionado como o nosso outro distinto conferencista que já se ausentou, o Professor Diniz Borges, e obviamente a sua conclusão para mim de que a miscigenação de culturas e de línguas, é muito importante e deve ser vista como uma mais valia nesta vivência entre o cá e o lá, nesta nossa vivência da diáspora. E para as minhas queridas amigas e colegas de Toronto - não tive a oportunidade de escutar as suas conferências, mas tenho a certeza que também prestaram uma excelente contribuição - um grande abraço dizer-vos que podem contar com os meus fracos préstimos sempre. Last but not least, à Dra. Alzira Serpa Silva, Directora Regional das Comunidades, e que tenho o prazer de a considerar uma amiga e ao longo deste tempo que trabalhámos, preparámos a visita do senhor Presidente. Temos estado em contacto permanente. Sempre encontrei nela e no seu gabinete uma abertura e sempre uma maneira de ajudar a resolver problemas. Muito obrigado. |