UMA VIAGEM MEMORÁVEL AO ENCONTRO DAS RAÍZES

Por Paulo Luís Ávila - Adiaspora.com

O ditado é bem antigo, mas devido à experiência dos homens é sempre actual. Reza assim: "O homem faz e Deus desfaz".

Já há muito era um sonho que gostaria de concretizar, mas que por motivos vários nunca se materializou. Mas...como há sempre um mas, finalmente a oportunidade surgiu e lá fomos de abalada até à costa Oeste do Canadá e dos Estados Unidos da América do Norte.

O que seria inicialmente projectado, em cima da hora foi modificado devido a alterações de reuniões e isso deu-nos hipótese de pensarmos e actuarmos com alguma rapidez. Em Vancouver alugar uma viatura é das coisas mais fáceis que já pude observar e os funcionários das empresas de aluguer de automóveis, talvez por ser um lugar muito distante do centro nevrálgico do poderio económico do Canadá - Toronto, são duma simpatia e duma eficiência notáveis. As previsões que apontavam para ir até ao Alasca esfumaram-se, devido a uma informação que recebi em contacto esporádico com um familiar de que o sol estaria por fora somente umas reduzidas horas e que o frio não compensava o esforço. Assim a visita à Karen e ao marido Don em Anchorage, ficou para "segundas núpcias".

Por outro lado o sonho dourado do "Golden State", acentuou-se de tal forma que o esforço foi compensado. De Vancouver até Protland, capital do Oregon, para pernoitar em casa dum familiar que somente conhecia através da Internet, foi o final da primeira etapa dum percurso de 18 horas. Ali foi o primeiro contacto humano-familiar que jamais será olvidado.

A segunda etapa era a cidade de Leemore e Hanford para outros contactos, sempre familiares Aproveitei então para ir à descoberta das raízes. Em Leemore fomos acolhidos em casa do casal Ornelas, onde a D. Aldora e o Marido Eri, nos proporcionaram momentos de saudade e familiaridade inesquecíveis.

Mais ao lado em Hanford, fomos ao encontro da Rosa, do Clarêncio, da Dolores e do Frank a que se juntaram a Linda, a Beverly e os maridos e também uma amiga de infância que há já algumas dezenas de anos por aqui está, a Maria Fernanda. Houve ainda um tempo para ver o Francisco José, o Fernando e um neto do Frank e família.

O tempo voa e demos por nós à velocidade de 130 Kms./h. na "Free Way 5" já nas extensas planícies da Califórnia rumo a Mountain View. Em casa do Al e da Ginni encontrámos o Steeve e conhecemos outros familiares, casos da Lori, do marido Nestor e dos filhos Kate e Elly. Mas a chegada foi agitada porque devido ao labirinto que é a entrada neste emaranhado de povoações-cidades, Sunnyvale, Palo Alto, Saratoga e Mountain View, perdemo-nos, mas apesar do socorro solicitado na esquadra da polícia, onde fomos pessimamente atendidos por uma senhora, que parecia mais uma sopeira do que polícia, finalmente conseguimos vislumbrar e apoitar em "porto seguro".

Depois duma refeição rápida lá fui como tinha combinado, com o Al, até ao Museu da História dos Portugueses, do qual é Director, instalado que está no Parque Histórico da cidade de São José a mais populosa do Norte da Califórnia e aí contactei com o Dr. Augusto Peixoto, Consul Geral de Portugal em San Francisco, que me concedeu a entrevista em anexo.

e outros Portugueses descendentes dos quais refiro Helena Fregoso, cuja bisavó Ana Emílio era da Madalena do Pico e emigrou em 1890 para os Estados Unidos; Leonel e Bernardina Goulart, ambos com ascendência no Pico e no Faial, tendo sido Leonel Goulart recentemente distinguido por serviços prestados à Comunidade Portuguesa, naquela cidade, com o Prémio da Câmara do Comércio local. O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Dr. José de Almeida Cesário acompanhado por uma comitiva e pela Comunicação social vinda da Metrópole, fez uma visita relâmpago ao Museu e partiu quase de seguida, não sem antes de pousar com os presentes para a posteridade.

Depois da saída da comitiva Governamental fomos presenteados com uma visita ao Parque numa dentro dum eléctrico que veio de Portugal e construído nas oficinas da Companhia de Caminhos de Ferro do Porto, no ano de 1934 e em muito bom estado de conservação, conduzida desde há 11 anos por Richard Maurer de 80 Primaveras, e ajudado pelo seu auxiliar Fred Bennet, este mais velho dois anos.

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