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Que se passa na Dundas?


Textos e Fotos: Carlos Morgadinho
Adiaspora.com

 

É a pergunta que me vem ao pensamento sempre que passo naquela “nossa” Dundas. É que há uns tempos para cá tem estado em “pé de guerra”, isto é, em obras quase permanente. Duma vez vem um, escavaca, põe tubos ou coisa que valha. Depois vem outro faz quase a mesma cena, esburaca, tira carris, põe cimento e tapa tudo. Depois vem outro e desventra-a e põe uns passeios bem lindos cá para a malta.

Com isto tudo o trânsito fica num pandemónio e leva-se uma eternidade pela lentidão a atravessá-la. Mas o pior é o estacionamento, pois não há lugar para parar nem que seja por uns míseros dois minutos e dar uma corridinha até à loja para as compras. Tem-se que estacionar nas ruas adjacentes destinadas praticamente aos residentes e não só. Mas penso que o comércio local é que sofre pois de certeza absoluta perde clientes a granel. E há algum incentivo para os compensar parte desse prejuízo? Que o saiba nada aparentemente seja da autarquia local ou de da Província com redução temporária do imposto predial.

Pagas e não “bufas” como se diz lá na nossa Santa Terrinha. Estamos sempre a perder seja  comerciante, residente ou utente dessas vias em construção para já não trazer para aqui as multas de estacionamento que se apanha só para andar, ou correr, 200 metros para a compra meia dúzia de papo-secos ou outras mercadorias. Fica mesmo caro se contabilizarmos 3 dólares do pão “potenciados” com 30 ou 60 dólares da coima a pagar por transgressão às regras do parking.

Mas há outro assunto que gostaria de frisar nesta minha crónica. São aquelas árvores adultas que enchiam a “nossa” Dundas e, salvo raras "excepções”, desapareceram dos passeios, isto quero dizer que foram deitadas abaixo e que, segundo consta, serão substituídas por outras a plantar num futuro próximo. Ah que saudades da sombra amiga que elas, as amigas árvores, nos proporcionavam e logo agora neste Estio abrasador que se abateu sobre a nossa cidade.

Parece, as árvores que substituirão as “velhinhas” que tombaram pelos golpes da insensível motosserra, são “bebezinhos” e, como tudo, e sem pretensões a botânico, levarão uns bons anos até lhes crescer a barba, perdão a rama frondosa. Talvez os meus filhos e netos venham a usufruir das suas sombras amigas. Cá para mim, caputo, acabou-se. Pelo menos há algo que me deixa bem contente pois aquele velho adágio que nos diz – “há bens que vêm por males” – é que ao menos as bicicletas não podem “estacionar” nas árvores o que incomoda à brava para quem tenha que abrir as portas dos passageiros para entrar ou sair das viaturas.

Os meus cãezinhos, o Bear e o Puto, andam mesmo com cara, digo, focinho de poucos amigos pois não fazem a paragem obrigatória habitual nas árvores de estimação que por lá abundavam e agora se foram. Têm que mudar de hábitos, já lhes disse, e começarem a utilizar os postos de luzes de trânsito (semáforos) ou das bocas-de-incêndio para ligação das mangueiras dos bombeiros (para obterem água no combate aos incêndios). 

 

O estranho é que os vereadores da zona, com tantos jornais na nossa comunidade e não só, podiam pôr-nos em dia do que se está a passar nos seus Bairros, pelo menos, se o fizeram, não tomei conhecimento atempadamente – é que tenho estado, de tempos a tempos, ausente em serviços e motivos pessoais. Peço antecipadamente, aos senhores autarcas desculpa pelo incómodo deste meu desabafo mas as queixas e lamentos têm sido, onde quero que me encontre, às dezenas. Por favor ponham-nos, cá o Zé Povinho, ao corrente por editais difundidos nos nossos semanários, rádio ou televisão.

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