A Cova da Iria, lugar da freguesia de Fátima, cidade que pertence ao concelho de Ourém, fica situada em pleno Maciço Calcário Estremenho, nos contrafortes da Serra de Aire, a cerca de 300 metros acima do nível do mar. O seu clima é caracterizado por alta pluviosidade (cerca de 1.400 mm de média anual), verões quentes e secos. Serão estes os atributos para que esses quatro a cinco milhões de peregrinos e turistas por ali procurem algo de inesperado ou de transcendente?
Há variadíssimas razões para peregrinar até ao Santuário de Fátima. Por lá se encontram simples turistas à procura do inédito, num recinto preparado para acolher 500 mil peregrinos, nos dias 12 e 13, como só algumas centenas nos dias normais. Mas acima de tudo é um local de culto, devoção e fé, mesmo muita fé. Ouve-se rezar o terço em várias línguas, na Capelinha das Aparições e encontram-se gentes de toda a parte até da nossa ilha e da vila das Lajes. Quem diria?
Estive lá em romagem familiar na última 2ª feira. Participámos na celebração comunitária do Terço pelas 11,30 e tivemos o privilégio de vivermos uma missa diferente, até depois das 13 horas, celebrada por vários clérigos, entre os quais se encontravam os cinco novos sacerdotes ordenados no último fim-de-semana, na diocese de Lisboa e que ali celebravam a sua 2ª missa. Os aplausos não se fizeram esperar num misto de alegria e de forte incentivo para as suas jornadas pelas terras do Senhor…
Noutro contexto, ou no mesmo (?), o jornal Público de 5 deste mês noticiava que, enquanto uma missa em Portugal durava em média 45 minutos, no Reino Unido pode ir até 90 minutos e por isso, pensa a Igreja Anglicana, que essa missa tem perdido adeptos nos últimos anos, “por se ter tornado muito complicada e longa, impondo-se ser urgente encurtá-la” isto na Inglaterra.
Pelo que vi, em Fátima, centenas de peregrinos permaneceram durante quase duas horas em devoção e participando na eucaristia, sem denotarem qualquer cansaço, antes denotando serenidade e recolhimento.
São estes, diferentes modos de entender e praticar a fé cristã? Não sei, mas não tenho dúvidas que a nossa fé, a católica, parece estar a mostrar outra força, em Fátima.
Mas também aqui me acorreu um velho dito da minha Madrinha Maria Guilhermina Lopes: Vamos com os tempos…
N.R. Tenho pena de não poder assistir a partir de hoje à Feira Açores 2011, na Piedade, e à 2ª Tourada de Praça na nossa ilha… Espero que tudo venha a decorrer conforme os organizadores merecem. Uma palavra de aplauso para o Governo que apostou neste evento no local ideal, no Parque do Matos Souto - no Pico.
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