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A Caça aos Moleiros


Acabo de ler um livro inédito que uma Mãe, dedico aos filhos. O último capítulo é a carta que ela lhes dirige a dizer da felicidade de ser mãe e da harmonia que  houve no casal, apesar das dificuldades e contrariedades que a vida por vezes lhes trouxe.

Ao terminar a leitura permiti-me escrever uma palavra: Lindo! E que belo e encantadoras são aquelas pequenas histórias dela própria como criança e adolescente, depois mãe e agora avó. A alegria da vida que sempre desejou e a conformidade das contrariedades da vida, estas compensadas pela harmonia conjugal e pelo encanto dos filhos e, agora, dos netos.

Afinal, uma lição que devia ser aprendida e vivida por tantos casais que hoje, mal acabam as semanas da “lua de mel”, se defrontam com as discussões, os desentendimentos, os desrespeitos mútuos e acabam por  terminar uma vida que mal começara.

Realmente é triste a hora em que vivemos. As famílias em desagregação, os filhos indesejados, as desordens domésticas e o desfazer de lares cujas tintas ainda estão frescas…

No entanto a citada autora continua; “Passados estes anos sinto que a maior parte da minha missão está cumprida. Enquanto gozarmos das nossas faculdades mentais, espero que vocês contem sempre connosco. Somos (nós pais) os vossos melhores amigos. – já temos as rabugices próprias da idade, mas elas não são sinónimo de falta de amor. Pelo contrário, cada vez nos sentimos mais unidos.”

E o “Catecismo da Igreja Católica”, nos nºs. 220l e 2202, prescreve o seguinte: “ A comunidade conjugal assenta sobre o consentimento dos esposos. O matrimónio e a família estão ordenados para o bem dos esposos e para a procriação e educação dos filhos. O amor dos esposos e a geração dos filhos estabelecem, entre os membros duma família, relações pessoas e responsabilidades primordiais”. (2201).

“Um homem e uma mulher, unidos em matrimónio, formam com os seus filhos uma família. Esta disposição precede todo e qualquer reconhecimento por parte da autoridade pública e impõe-se a ela. Deverá ser considerada como a referência normal, em função da qual serão apreciadas as diversas formas de parentesco”. (2202).

Ainda me lembro dos velhos tempos em que os casais se tratavam com um respeito e dedicação invejáveis. Marido e mulher tratavam-se sempre na terceira pessoa. Não sei se a gramática moderna mantém as conjugações verbais…

Vós que quereis? Perguntavam um ao outro, quando um deles pedia qualquer coisa. Os desentendimentos conjugais não saiam para a rua e, a maioria das vezes, nem eram do conhecimento dos filhos ou de outros familiares. Tudo se suportava com humildade e caridade, virtudes que talvez houve não existem e muito menos se praticam.

Os namoros duravam anos e os casamentos eram preparados com a maior seriedade. Era por isso que a noiva levava uma grinalda de flores e os noivos uma flor de laranjeira na lapela. O significado era por demais conhecido...

E o citado documento da Igreja prescreve: ” O amor conjugal, por sua mesma natureza, exige dos esposos uma fidelidade inviolável. É uma consequência da mútua doação de si mesmos, que os esposos fazem. O amor quer ser definitivo: não pode ser  “até nova ordem”- (1646)

“O Senhor Jesus insistiu sobre a intenção original do Criador, que queria um matrimónio indissolúvel. E ab-rogou as tolerâncias que se tinham infiltrado na Antiga Lei.- Entre baptizados católicos, “o Matrimónio rato e consumado não pode ser dissolvido por nenhum poder humano, nem por nenhuma causa, além da morte.” (2382).

Nos tempos que correm valerá a penas estar a passar ao computador estas reflexões? Os homens são livres e devemos respeitar a sua liberdade.

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