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DO CANADÁ AO BRASIL POR TERRA - DIA 19

PANAMA VIEJO - UM PROJECTO DE RECUPERAÇÃO
QUE URGE LEVAR A BOM TERMO


Vasco Oswaldo Santos (Texto e fotos)
José Ilídio Ferreira (Fotos)
Adiaspora.com
António Perinú (Texto e Fotos)
Sol Português


Cidade do Panama, Panama, 23 de Outubro – Para os escribas, a manhã foi passada a trabalhar. De tarde, uma visita bem interessante, aos locais arqueológicos da parte mais antiga da colonização espanhola destas parágens, denominada de Panama Viejo, na grande baia banhada pelo Oceano Pacífico, um dos locais onde as marés sobem e baixam com maior amplitude, à semelhança do que já haviamos visto em São Luís do Maranhão, a sul da foz do Amazonas.

O Portão da Vivenda Noriega

Número - A residência do General Noriega

A caminho, com o nosso taxista Ricardo ao volante, paramos para uma breve visita à casa onde vivia o presidente Noriega, de tão má sina, perto da baixa da cidade, numa zona residencial de cheirinho a Forest Hill. Está abandonada e é decrépita, vista do exterior, mas ainda com um belo portão de ferro, um muro sólido e um cartaz a indicar que é proibido o trespasse e devidamente punido pela lei. Trata-se de uma propriedade do Estado ainda que, de ambos os lados do portão de acesso ao jardim se mantenham incólumes os azulejos indicativos do número de correio (7) e “Noriega”.

José Ferreira em Lugar histórico

O Conjunto Monumental Histórico de Panama Viejo engloba vestígios pre-hispanicos e as ruínas da antiga cidade do Panamá (1519-1671), a primeira fundada no litoral do Pacífico de todo o continente americano, hoje reconhecido pela UNESCO como património da Humanidade.
O conjunto arquitectónico consiste em 19 locais, a escavar ou reconstruir, sobre os quais os conquistadores espanhóis eregiram igrejas e conventos. Estas estructuras mais recentes são as de maior porte mas, pelo menos, uma equipa de trabalhadores escorava uma parede utilizando as pedras originais e colocando-as com argamassa de acordo com a estrutura inicial.

Aviso!

Todo este complexo, muito bem arrelvado, alonga-se por uma avenida de cerca de um quilómetro, culminando na chamada Plaza Mayor, cuja entrada é paga, e assim descrita: Como toda a praça, foi centro de actividades sociais, económicas , políticas, religiosas e culturais da cidade. De forma ligeiramente irregular, em três dos seus quatro lados existiam casas de mais de dois andares com portões.

Vasco Nuñez de Balboa - Fundador do Panama - Reporter... reportado!

Dos edifícios modernos que se encontram junto à estatua do mexicano Morelo no início do percurso, estão, por esta ordem, o Patronado do Panama Viejo – uma instituição sem fins lucrativos, criada em 1995, apoiada pelo Instituto Nacional da Cultura, o Instituto Panamiano de Turismo, o Clube Kiwanis e o banco HSBC. A referida instituição rege e administra o Conjunto Monumental Histórico do Panama Viejo, que hoje conhecemos como Panama La Vieja , declarado Património da Humanidade em 2003.

Vivenda - Perinú a porta do ex-presidente

Os 19 monumentos históricos são: Ponte do Matadero (1607), Fortim da Natividade, Centro de Visitantes de Panama Viejo, Igreja e Convento das Merces (iniciada em 1522 e incendiada em 1671), Igreja e Convento de São Francisco, Hospital de São Joao de Deus, Convento das Monjas da Conceicão, Igreja e Convento da Companhia de Jesus (1578 e destruída por um terremoto em 1621), Casas do Ocidente, Casas Terrin (1600), Catedral (1619-1626), Casa Alarcon (1640), Convento de São Domingos (1571), Casas Reais, Casa dos Genoveses (século XVII), Igreja e Convento de São José (século XVII, cuja última abobada que se mantinha de pé se esboroou em 1998), Ponte do Rei (1619-1634), Cabido (século XVII) e a Praça Maior.

As Ruínas do Panamá

Todos estes locais se encontram apoiados por placas explicativas, não só do historial conhecido mas também com imagens imaginárias de como seriam as estruturas na época. Estas informações descrevem ainda pormenorizadamente a fauna e a flora dos diferentes locais sobranceiros a Baia do Pacífico.
Inquirido sobre a lixeira acumulada na Praia, um trabalhador local explicou que estes vinham do mar (clandestinamente despejados por navios) e por duas ribeiras que desaguam ali, transportando no seu caudal lixos domésticos. A Praia, segundo o projecto, estará completamente limpa dentro de 10 anos. 

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