Paragens Exóticas na Memória de um Vice-Rei


Por Adiaspora.com

No Ano de Nosso Senhor de 1561, foi nomeado por El-Rei D. Sebastião I de Portugal, D. Francisco Coutinho, Conde de Redondo, vice-rei da Índia, o qual foi incumbido de dar continuidade em terras de Africa e nas Índias à missão evangelizadora da Ordem de S. Francisco e da Companhia de Jesus, e de assegurar o domínio da Coroa sobre estas recém achadas terras.

Atribui-se ao Conde de Redondo a edificação da afamada Sé Catedral de Goa, cujas obras iniciaram em 1562, mas que acabaram por decorrer por mais noventa anos. A cidade de Goa também foi palco da obra missionária do jesuíta, Francisco de Xavier, que se encontra sepultado naquela cidade

Francisco Coutinho, Conde de Redondo chega a Goa no ano de 1561 para tomar posse do cargo pelo qual fora nomeado. Durante a prolongada travessia para o Oriente passa por terras e povos de África, recolhendo dados pelo percurso sobre a situação sócio-política e religiosa daquelas regiões, as quais relata à Sua Majestade, D. Sebastião, numa longa e descritiva missiva elaborada na Cidade de Goa em 1561.

Excertos da Carta de Francisco Coutinho a El-Rei, D. Sebastião, Goa 20 de Dezembro de 1561

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Durante a sua estada em Goa, o ilustre poeta da portugalidade, Luís Vaz Camões, envolveu-se em graves imbróglios financeiros, de tal ordem que teve de recorrer a D. Constantino Bragança, vice-rei das Índias, e mais tarde ao seu sucessor, D. Francisco Coutinho, o Conde do Redondo, aos quais apela por meio dos versos que abaixo transcrevemos:

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